sábado, 21 de dezembro de 2024

Bibliografia

 

Ernesto Rodrigues

(Torre de Dona Chama, 1956)

BIBLIOGRAFIA

 

Os meus trabalhos literários e universitários, com dezenas de títulos e centenas de artigos, cabem em dezassete volumes:

 

I. Criação literária (1971-2024)

 

1. Poesia (1971-2024; em livro: 1973-2020).

Títulos disponíveis: Do Movimento Operário e Outras Viagens, 2013; Perseu, 2020.

 

2. Ficção: Contos e Novelas (1972-2024; em livro: 1980-2024).

Títulos disponíveis: Histórias para Acordar (1996); Cruzeiro Literário (2024); O Bom Governo (2024).

 

3. 1. Ficção: Romances I (1984-2006, cinco romances: A Serpente de Bronze, Torre de Dona Chama [1994], Raízes da Alma [inédito], O Romance do Gramático, Um Passado Imprevisível; em livro: 1989-1918).

Títulos disponíveis: A Serpente de Bronze (1989); O Romance do Gramático (2011); Um Passado Imprevisível (2018).

 

3. 2. Ficção: Romances II (2006-2024, sete romances: [sem título, inédito, 2006-2009], Uma Bondade Perfeita, A Casa de Bragança, Passos Perdidos, A Terceira Margem, Liliputine, Cenas de Aniversário [2023-2024, inédito]; em livro: 2013-2023).

Títulos disponíveis: A Casa de Bragança (2013), Passos Perdidos (2014), Uma Bondade Perfeita (2016), A Terceira Margem (2020), Liliputine (2023).

 

4. Teatro (1973-2023 = 12 peças; em livro, onze peças, 1973-2020).

Título disponível: Teatro (2021), também em pdf. 

 

5. Crónica (1973-2024; 153 crónicas)

Em pdf.

 

6. Diário, Memórias, Biobibliografia (1971-)

Em pdf.

 

II. Crítica, ensaio, edição literária, antologia, tradução (1976-2024)

 

1. Ensaios de Cultura, 2016, 2023. 644 p.

 

Em papel e pdf.

 

Os 28 Ensaios de Cultura assentam na complementaridade entre historiador e analista da cultura face a conjuntos culturais diversos. Convocados elementos visuais (arte rupestre, origens da escrita, vitral, artes plásticas, pequena escultura) e sonoros (fonógrafos, gramofones), domina o livro enquanto meio de comunicação impresso, suas dedicatórias e seus brancos. Olha-se, desde a Idade Média, ao conto popular, à viagem, ao desporto, aos óculos, ao almanaque, à polémica, ao elogio dos bombeiros e aos quadros propondo ‘A Virgem e o Menino’ na Cultura Portuguesa; desde a Roma antiga, à fortuna dos nomes Céliae Lídia. A ilustração do idioma – após 1536, e antológica de seiscentistas – decorre até hoje, ora dissecando o discurso político em 1976, ora intervindo em debates ortográficos ainda acesos. Que personalidade cultural será, porém, a nossa, e que mitos alimenta? Como, no corpo nacional, se executa, ao longo dos séculos, a ‘pátria breve’ transmontana e alto-duriense, seja em figuras maiores, ou na aventura conjugal bragançana de Pedro e Inês? Essas mais longas reflexões decorrem do texto inaugural, qual introdução ao estudo da Cultura, que também sinaliza os princípios orientadores de uma entrega de décadas à investigação e ao ensino.

 

2. Estudos de Literatura Portuguesa.

 

Em pdf.

 

Gil Vicente, João de Barros, Fernando Oliveira, Luís de Camões, André Falcão de Resende, António Vieira, Filinto Elísio e Bocage têm parte maior neste conjunto desde a lírica trovadoresca até à passagem de Setecentos para Oitocentos, seja, dentro do Velho Regime.

 

3. Tomé Pinheiro da Veiga, Fastigínia, 2011. Edição, estudo, variantes e notas. 1064 p.

 

Em papel e pdf.

 

Fastigínia (correcção de Fastigimia, 1911), nosso primeiro e subversivo romance epistolar, justifica e alicerça uma renovada visão da novelística portuguesa, além de questionar, decisivamente, a identidade nacional. Texto-elogio da variante, exige [I] a dilucidação de algumas questões prévias, nomeadamente (1) título e suas aventuras, (2) divisão externa, com recurso aos manuscritos conhecidos, (3) propositura de título e manuscrito-base, (4) primeiras reacções à impressão cuidada por Sampaio Bruno, em Espanha e em Portugal; seguem (5-6) novos elementos para a biobibliografia de Tomé Pinheiro da Veiga e reentrada no debate sobre a autoria de (6. 1) Arte de Furtar, (6. 2) atribuição de A Vida do Doutor Gabriel Pereira de Castro e (6. 3) Hospital de Cupido, entre outros; enfim, (7) principais questões extractadas de Fastigínia. Após a sua definição genológica (II), fecho com um (III) quadro descritivo castelhano, à luz da situação política coeva, que, após largo excurso sobre as instâncias literárias e culturais patentes em Fastigínia, vira paralelo entre portugueses e espanhóis. Experiência tocada pelo enigmático destino de obras maiores, dou, com a versão impressa, um novo passo, ajudado por 17 manuscritos e parágrafos muito escassos ou alusivos, de molde a esboçar tradição em que assentar o futuro de Fastigínia. Procuro, também, firmar de vez o nome de Tomé Pinheiro da Veiga. Primeira obra a sinalizar, em 1605, o Quixote cervantesco, importa à história dos Habsburgos e à então capital da Monarquia Dual, Valladolid, cuja Universidade lançou, em 2009, uma colecção de estudos intitulada Fastigínia.

 

4. Cultura Literária Oitocentista, 1999, 2022. 842 p.

 

Em papel e pdf.

 

As relações entre Literatura e Jornalismo no quadro da História nacional vêm fundando os meus trabalhos de Cultura Portuguesa. A componente da Língua é reforçada na investigação de um tempo sob os Filipes, pontuando leituras desde Quinhentos, como se mostra em Ensaios de Cultura. Essas quatro disciplinas concorrem nos ensaios sobre matéria oitocentista aqui reunidos. A Imprensa periódica é a via real. Se a Literatura subsumir o Teatro e não nos distrairmos da Instrução – para que o Jornalismo (em particular, via folhetim) tão proficuamente concorreu –, temos a «utensilagem mental» (Lucien Febvre) decisiva no século XIX. Nisto, estou com António José Saraiva e Joel Serrão, ao relevarem esses agentes de cultura. O conhecimento do canónico não me distrai do periférico, e defendo movimentos subterrâneos que iluminem caminhadas. Fundado em exemplos bastantes com que alargar horizontes – e só para isso servem –, há interpretações consequentes de um tempo, conceito, linguagem, escola, autor, obra, etc., visando conhecer melhor o demorado regime mental de que ainda participamos.

Imaginação de ficcionista, sempre me interessou a vivência quotidiana dos povos, procurando entrever a cultura literária material que me alimentou e em que assenta a prática dos oficiantes. Assim, reforçada por Mágico Folhetim. Literatura e Jornalismo em Portugal, delineia-se a instituição, que inaugurava e deu título a Cultura Literária Oitocentista (1999), título agora muitíssimo aumentado. O inaugural “1801-1843” resulta de convite de Giulia Lanciani para resumir 1801-1850, que traduziu em Storia della Letteratura Portoghese, II, Roma, 2014. Alguns pontos serão desenvolvidos à frente, ou em volume à parte, caso de Camilo Castelo Branco, já resumido naquele ensaio. Sucedem sínteses sobre Ultra-Romantismo e a Geração de 70, até aos Decadentes e Modernidade, num esforço de clarificação de períodos e movimentos. Matérias novas alargam I, acrescentando, em II, novos assuntos aos laboriosos “No templo da cultura literária” e “Espaços alternativos”. Segue-se (III) um farto e disperso Garrett, então ausente, antecedendo um Herculano enriquecido e balanço castiliano. Os capítulos seguintes vão além dos originários António Augusto Teixeira de Vasconcelos, Santos Nazaré e Júlio Dinis (IV), ou do Junqueiro romântico (VI), de algum Eça (VII) e Trindade Coelho (VIII). O cap. V é dedicado a Guilherme de Azevedo e Ramalho Ortigão, dos quais editei Crónica Ocidental (2016) e As Farpas (2006-2007). Salientaria, de acrescentados no cap. VI, um poema inédito de Cesário Verde e dois sonetos inéditos de António Nobre.

 

5. A Queda Dum Anjo [2001, 2015] e Novas Páginas Camilianas, 2023. 770 p.

 

Em papel e pdf.

 

Poesia (2008), antologia da lírica de Camilo Castelo Branco, e A Queda Dum Anjo (2015) continuam disponíveis em papel.

 

Duas dezenas de trabalhos sobre ou a propósito de Camilo Castelo Branco, desde 1973, entre notas de jornal, prefácios, edição de novelas, verbetes de personagens, antologia poética ou alguma farpa inédita, talvez façam de mim um camiliano.

Anátema participa da trindade originária, com Mistérios de Lisboa e Livro Negro de Padre Dinis, cujas personagens caracterizei no Dicionário de Personagens da Novela Camiliana (2002), e regressam aqui. Ao organizar a ficção camiliana em 15 volumes, na RBA, propus que o primeiro (2005) fosse dedicado a Mistérios de Lisboa, precedido de uma visão global, que retomo. Como, em Mágico Folhetim…, a par do jornalista, já curara do dramaturgo incluso em Cenas Contemporâneas, acrescentei as personagens novelescas deste volume. Trabalhei, ainda, Coração, Cabeça e Estômago, O Olho de Vidro e a novela O Senhor Ministro, que triangula com Eusébio Macário e A Corja, por cujas edições me responsabilizei em 1991 e 2000, aqui refundindo introduções. Enfim, surpreendeu-me o poeta, que raros conhecem, e lancei em 2008. Inaugurando-se e despedindo-se em verso, fecha, também, esta minha recolha.

O sesquicentenário de A Queda Dum Anjo em folhetim (mau grado 1866 frontispicial, o livro saiu em finais de 1865) foi incentivo para reunir décadas de doce servidão camiliana. Desde uma primeira versão universitária da introdução, em Junho de 1980, até às edições que preparei em 2001 e 2016, continuo a dizê-lo o seu texto mais actual.

 

 

6. Mágico Folhetim. Literatura e Jornalismo em Portugal / Crónica Jornalística. Século XIX, [1998, 2017 / 2004], 2022. 1086 p.

 

Em papel e pdf.

A edição de 1998 está disponível em papel.

 

Esta edição, revista e aumentada, de Mágico Folhetim. Literatura e Jornalismo em Portugal (tese de doutoramento, policópia, 1996; em livro, 1998) acompanha-se da 3.ª edição, retocada, de Crónica Jornalística. Século XIX (Círculo de Leitores, 2004), a modos de ilustração do folhetim-crónica, e, no seu género, antologia pioneira. Aquele transpôs fronteiras e foi reconhecido, sobretudo, no Brasil.

Muitos títulos aqui verbetados foram desenvolvidos em dissertações e teses, hoje, de fácil acesso, e que só raramente acrescento. O mesmo para a história da Imprensa periódica em localidades, distritos, regiões, com enorme desenvolvimento nas duas últimas décadas. Se foquei o segmento cultural, de alcance plurissignificante, e mais atento, ainda, ao período de 1626 a 1875, com breve extensão a 1900 e títulos maiores em Novecentos, há núcleos decisivos, como, para a historiografia, o de 1807-1821, antecâmara ao antologiado em A Corte Luso-Brasileira no Jornalismo Português (1807-1821) (2008). Fica índice de Mágico Folhetim…:

 

PRIMEIRA PARTE

LITERATURA vs. JORNALISMO?

1. Ligações perigosas

1. 1. O moderno ponto de vista

2. No antigamente, nas origens

3. Uma velha polémica

4. Cartas vieirinas à luz do Mercúrio Português

5. Duas gazetas

5. 1. Gazeta de Lisboa (1715)

5. 2. Gazeta Literária (1761-1762)

SEGUNDA PARTE

IMPRENSA LITERÁRIA DO SÉCULO XIX

1. Movimento jornalístico

1. 1. 1807-1821

2. Da revista

3. Literatura geral

4. Construção da matriz

5. Revistas: 1833-1875

5. 1. Instrução e recreio

5. 2. Em francês e castelhano

5. 3. Restrição do literário

5. 3. 1. Autores como cabeçalho

5. 3. 2. Publicações teatrais

5. 3. 3. Boletins bibliográficos

5. 3. 4. Paródicos

5. 3. 5. Fascículos e colecções de poesias inéditas

5. 3. 6. Romance em cadernos

5. 3. 7. Principais títulos literários

6. Duas revistas em confronto: O Panorama e Revista Universal

Lisbonense

7. Jornalismo feminino

8. Imprensa académica e estudantil

9. Outras revistas: 1876-1899

10. Portugal-Brasil na Imprensa portuguesa de Oitocentos

11. Literatura nas folhas periódicas

11. 1. Jornais a consultar

11. 2. Folhas na literatura

TERCEIRA PARTE

MÁGICO FOLHETIM

Resumo

Introdução

Razões

Proposição

I

1. A fortuna de um universo (1968-1993)

1.1. Na Imprensa escrita

1. 1. 1. Em Portugal

1. 1. 2. Em Espanha

1. 1. 3. Em França

2. O vaivém Imprensa-livro em Novecentos

2. 1. Depoimentos

2. 1. 1. Na literatura portuguesa

2. 1. 2. Na literatura estrangeira

3. Letras em papel de jornal

4. Nostalgia

II

1. A instauração folhetinesca

1. 1. Entrada de dicionário

1. 2. Origens e afirmação do género

1. 2. 1. Enquadramento

2. Paris, Julho de 1836

2. 1. Antecedentes

3. Estratégias

3. 1. Género dramático?

4. Intrusão

5. Necessidade

5. 1. Imagem social

6. Prazos

7. Honorários

8. Processos

8. 1. À linha

8. 2. Sumário e resumo

8. 2. 1. Abertura

8. 2. 2. Final

8. 2. 3. Diálogo

8. 3. Episódio

8. 4. Estrutura

9. Influência da escola francesa

10. Primeiros passos em Portugal

10. 1. Reflexões metafolhetinescas

10. 1. 1. A falta de assunto

10. 1. 2. Interpelações

10. 1. 3. Protagonismos

11. Sucedâneos

12. Portugueses no estrangeiro

13. Peso e estatuto do folhetinista

13. 1. Oficiais do mesmo ofício

13. 2. A inscrição do receptor

13. 3. Edição e leitura

III

1. Discurso

1. 1. As imposições de um género in fieri

2. Autor: Álvaro do Carvalhal

2. 1. Os Canibais

2. 1. 1. História

2. 1. 2. Discurso

3. “A Estátua Viva”

3. 1. Variantes

4. Aproximação aos traços folhetinescos mais relevantes

5. Expansão melo-operática e cinematográfica

6. Modalidades

7. Proposta de tipologia

 

A. FOLHETIM-CRÓNICA

1. Viagens na Minha Terra

2. A dupla sucessão de Júlio César Machado

2. 1. A vida em linguagem

2. 1. 1. Língua solta

2. 1. 2. Alma presa

 

B. FOLHETIM ROMANESCO

1. A. P. Lopes de Mendonça: a tragédia de um reinado

1. 1. Memórias de Um Doido

2. O primeiro Camilo

 

C. FOLHETIM-POEMA

 

D. FOLHETIM-CARTA

 

E. FOLHETIM TEATRAL

 

F. FOLHETIM ECLÉCTICO

 

IV

1. O peso do folhetim em Novecentos

1.1 Na Imprensa

1. 2 Na literatura

1. 2. 1. Ao serviço da República: Aquilino Ribeiro

1. 2. 2. Uma atmosfera revolucionária: O Pão não Cai do Céu

1. 2. 3. Natureza e cultura em Augusto Abelaira

1. 2. 4. E Se Tivesse a Bondade de Me Dizer Porquê?

1. 2. 5. Marginalidade e loucura: A Fenda Erótica

2. Descendências

3. Continua

4. E. . . Quem É o Autor Desse Crime?

5. Fim

 

7. Da Corte Luso-Brasileira à República.

 

Em pdf.

 

Reunião de quatro artigos e quatro livros, três dos quais disponíveis em papel: A Corte Luso-Brasileira no Jornalismo Português (1807-1821) (2008); O Século de Lopes de Mendonça: O Primeiro Jornal Socialista (2008); 5 de Outubro – Uma Reconstituição (2010);  O Jornalista Republicano Alves Correia. Antologia (2012; indisponível).

 

8. Verso e Prosa de Novecentos, 2000, 2018.

 

Edição revista e aumentada, em pdf.

 

9. Literatura Europeia e das Américas, 2019. 264 p.

 

Em papel e pdf.

 

I Princípios Teóricos

Literatura como revelação

Imaginação e Literatura

II Do Romance

Lukács e Sartre: uma teoria do romance

III Castelos Interiores

Silling: introdução

Três diabos no paraíso

O Marquês de Q

IV Vocações

Herança

Artistas

Efeito Escher

Os Nossos Antepassados

A firma Tabucchi

V Processos

Minimalismo

Paradiso

Surpresa, interminável

O «Falador»

VI Jorge Luis Borges

Iniciação a Borges

VII Brasílica

Na Aurora da Literatura Brasileira

O poeta Machado de Assis lido em Portugal

Metapoética drummondiana

Sagração

Sobre José Clemente Pozenato

Pela mão de Zélia

Jorge Amado: vida e obra

Nótula sobre Guilhermino César em Portugal

VIII A nova Europa literária

 

10. Hungarica, 2022. 520 p.

 

Em pdf.

Antologia da Poesia Húngara e O Oitavo Distrito de Deus têm edição autónoma, disponível em papel.

 

Hungria disfórica, Portugal solidário

Petőfi, Antero e outros

Discreto 56

Notas sobre Literatura Húngara

Örkény István, Contos de Um Minuto

Pál Dániel Levente, O Oitavo Distrito de Deus

Antologia da Poesia Húngara

 

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