Ernesto
Rodrigues
(Torre de Dona
Chama, 1956)
BIBLIOGRAFIA
Os
meus trabalhos literários e universitários, com dezenas de títulos e centenas
de artigos, cabem em dezassete volumes:
I.
Criação literária (1971-2024)
1. Poesia
(1971-2024; em livro: 1973-2020).
Títulos
disponíveis: Do Movimento Operário e Outras Viagens, 2013; Perseu,
2020.
2. Ficção:
Contos e Novelas (1972-2024; em livro: 1980-2024).
Títulos
disponíveis: Histórias para Acordar (1996); Cruzeiro Literário
(2024); O Bom Governo (2024).
3.
1. Ficção: Romances I (1984-2006, cinco romances: A Serpente de
Bronze, Torre de Dona Chama [1994], Raízes da Alma [inédito],
O Romance do Gramático, Um Passado Imprevisível; em livro:
1989-1918).
Títulos
disponíveis: A Serpente de Bronze (1989); O Romance do Gramático
(2011); Um Passado Imprevisível (2018).
3.
2. Ficção: Romances II (2006-2024, sete romances: [sem título, inédito,
2006-2009], Uma Bondade Perfeita, A Casa de Bragança, Passos
Perdidos, A Terceira Margem, Liliputine, Cenas de
Aniversário [2023-2024, inédito]; em livro: 2013-2023).
Títulos
disponíveis: A Casa de Bragança (2013), Passos Perdidos (2014), Uma
Bondade Perfeita (2016), A Terceira Margem (2020), Liliputine
(2023).
4. Teatro
(1973-2023 = 12 peças; em livro, onze peças, 1973-2020).
Título
disponível: Teatro (2021), também em pdf.
5. Crónica
(1973-2024; 153 crónicas)
Em
pdf.
6. Diário,
Memórias, Biobibliografia (1971-)
Em
pdf.
II.
Crítica, ensaio, edição literária, antologia, tradução (1976-2024)
1. Ensaios de Cultura, 2016, 2023. 644 p.
Em papel e pdf.
Os 28 Ensaios de Cultura assentam
na complementaridade entre historiador e analista da cultura face a conjuntos
culturais diversos. Convocados elementos visuais (arte rupestre, origens da
escrita, vitral, artes plásticas, pequena escultura) e sonoros (fonógrafos,
gramofones), domina o livro enquanto meio de comunicação impresso, suas
dedicatórias e seus brancos. Olha-se, desde a Idade Média, ao conto popular, à
viagem, ao desporto, aos óculos, ao almanaque, à polémica, ao elogio dos bombeiros
e aos quadros propondo ‘A Virgem e o Menino’ na Cultura Portuguesa; desde a
Roma antiga, à fortuna dos nomes Céliae Lídia. A ilustração do idioma – após
1536, e antológica de seiscentistas – decorre até hoje, ora dissecando o
discurso político em 1976, ora intervindo em debates ortográficos ainda acesos.
Que personalidade cultural será, porém, a nossa, e que mitos alimenta? Como, no
corpo nacional, se executa, ao longo dos séculos, a ‘pátria breve’ transmontana
e alto-duriense, seja em figuras maiores, ou na aventura conjugal bragançana de
Pedro e Inês? Essas mais longas reflexões decorrem do texto inaugural, qual
introdução ao estudo da Cultura, que também sinaliza os princípios orientadores
de uma entrega de décadas à investigação e ao ensino.
2. Estudos de Literatura Portuguesa.
Em pdf.
Gil
Vicente, João de Barros, Fernando Oliveira, Luís de Camões, André Falcão de
Resende, António Vieira, Filinto Elísio e Bocage têm parte maior neste conjunto
desde a lírica trovadoresca até à passagem de Setecentos para Oitocentos, seja,
dentro do Velho Regime.
3. Tomé Pinheiro da Veiga, Fastigínia, 2011. Edição, estudo,
variantes e notas. 1064 p.
Em papel e pdf.
Fastigínia (correcção de Fastigimia, 1911),
nosso primeiro e subversivo romance epistolar, justifica e alicerça uma
renovada visão da novelística portuguesa, além de questionar, decisivamente, a
identidade nacional. Texto-elogio da variante, exige [I] a dilucidação de
algumas questões prévias, nomeadamente (1) título e suas aventuras, (2) divisão
externa, com recurso aos manuscritos conhecidos, (3) propositura de título e
manuscrito-base, (4) primeiras reacções à impressão cuidada por Sampaio Bruno,
em Espanha e em Portugal; seguem (5-6) novos elementos para a biobibliografia
de Tomé Pinheiro da Veiga e reentrada no debate sobre a autoria de (6. 1) Arte de Furtar, (6. 2) atribuição de A Vida
do Doutor Gabriel Pereira de Castro e (6. 3) Hospital de Cupido, entre outros; enfim, (7) principais questões
extractadas de Fastigínia. Após a sua
definição genológica (II), fecho com um (III) quadro descritivo castelhano, à
luz da situação política coeva, que, após largo excurso sobre as instâncias
literárias e culturais patentes em Fastigínia,
vira paralelo entre portugueses e espanhóis. Experiência tocada pelo enigmático
destino de obras maiores, dou, com a versão impressa, um novo passo, ajudado
por 17 manuscritos e parágrafos muito escassos ou alusivos, de molde a esboçar
tradição em que assentar o futuro de Fastigínia.
Procuro, também, firmar de vez o nome de Tomé Pinheiro da Veiga. Primeira obra
a sinalizar, em 1605, o Quixote cervantesco, importa à história dos
Habsburgos e à então capital da Monarquia Dual, Valladolid, cuja Universidade
lançou, em 2009, uma colecção de estudos intitulada Fastigínia.
4. Cultura Literária Oitocentista, 1999, 2022. 842 p.
Em papel e pdf.
As
relações entre Literatura e Jornalismo no quadro da História nacional vêm
fundando os meus trabalhos de Cultura Portuguesa. A componente da Língua é
reforçada na investigação de um tempo sob os Filipes, pontuando leituras desde
Quinhentos, como se mostra em Ensaios de Cultura. Essas quatro
disciplinas concorrem nos ensaios sobre matéria oitocentista aqui reunidos. A
Imprensa periódica é a via real. Se a Literatura subsumir o Teatro e não nos
distrairmos da Instrução – para que o Jornalismo (em particular, via folhetim)
tão proficuamente concorreu –, temos a «utensilagem mental» (Lucien Febvre)
decisiva no século XIX. Nisto, estou com António José Saraiva e Joel Serrão, ao
relevarem esses agentes de cultura. O conhecimento do canónico não me distrai
do periférico, e defendo movimentos subterrâneos que iluminem caminhadas. Fundado
em exemplos bastantes com que alargar horizontes – e só para isso servem –, há
interpretações consequentes de um tempo, conceito, linguagem, escola, autor,
obra, etc., visando conhecer melhor o demorado regime mental de que ainda
participamos.
Imaginação
de ficcionista, sempre me interessou a vivência quotidiana dos povos,
procurando entrever a cultura literária material que me alimentou e em que
assenta a prática dos oficiantes. Assim, reforçada por Mágico Folhetim.
Literatura e Jornalismo em Portugal, delineia-se a instituição, que inaugurava
e deu título a Cultura Literária Oitocentista (1999), título agora
muitíssimo aumentado. O inaugural “1801-1843” resulta de convite de Giulia
Lanciani para resumir 1801-1850, que traduziu em Storia della Letteratura
Portoghese, II, Roma, 2014. Alguns pontos serão desenvolvidos à frente, ou
em volume à parte, caso de Camilo Castelo Branco, já resumido naquele ensaio. Sucedem
sínteses sobre Ultra-Romantismo e a Geração de 70, até aos Decadentes e
Modernidade, num esforço de clarificação de períodos e movimentos. Matérias
novas alargam I, acrescentando, em II, novos assuntos aos laboriosos “No templo
da cultura literária” e “Espaços alternativos”. Segue-se (III) um farto e
disperso Garrett, então ausente, antecedendo um Herculano enriquecido e balanço
castiliano. Os capítulos seguintes vão além dos originários António Augusto Teixeira
de Vasconcelos, Santos Nazaré e Júlio Dinis (IV), ou do Junqueiro romântico
(VI), de algum Eça (VII) e Trindade Coelho (VIII). O cap. V é dedicado a
Guilherme de Azevedo e Ramalho Ortigão, dos quais editei Crónica Ocidental
(2016) e As Farpas (2006-2007). Salientaria, de acrescentados no cap.
VI, um poema inédito de Cesário Verde e dois sonetos inéditos de António Nobre.
5. A Queda Dum Anjo [2001, 2015] e Novas Páginas Camilianas, 2023.
770 p.
Em papel e pdf.
Poesia (2008), antologia da lírica de Camilo Castelo Branco, e A
Queda Dum Anjo (2015) continuam disponíveis em papel.
Duas
dezenas de trabalhos sobre ou a propósito de Camilo Castelo Branco, desde 1973,
entre notas de jornal, prefácios, edição de novelas, verbetes de personagens,
antologia poética ou alguma farpa inédita, talvez façam de mim um camiliano.
Anátema participa da trindade originária, com Mistérios
de Lisboa e Livro Negro de Padre Dinis, cujas personagens caracterizei
no Dicionário de Personagens da Novela Camiliana (2002), e regressam
aqui. Ao organizar a ficção camiliana em 15 volumes, na RBA, propus que o
primeiro (2005) fosse dedicado a Mistérios de Lisboa, precedido de uma
visão global, que retomo. Como, em Mágico Folhetim…, a par do
jornalista, já curara do dramaturgo incluso em Cenas Contemporâneas,
acrescentei as personagens novelescas deste volume. Trabalhei, ainda, Coração,
Cabeça e Estômago, O Olho de Vidro e a novela O Senhor Ministro,
que triangula com Eusébio Macário e A Corja, por cujas edições me
responsabilizei em 1991 e 2000, aqui refundindo introduções. Enfim,
surpreendeu-me o poeta, que raros conhecem, e lancei em 2008. Inaugurando-se e
despedindo-se em verso, fecha, também, esta minha recolha.
O
sesquicentenário de A Queda Dum Anjo em folhetim (mau grado 1866
frontispicial, o livro saiu em finais de 1865) foi incentivo para reunir
décadas de doce servidão camiliana. Desde uma primeira versão universitária da
introdução, em Junho de 1980, até às edições que preparei em 2001 e 2016,
continuo a dizê-lo o seu texto mais actual.
6. Mágico Folhetim. Literatura e Jornalismo em Portugal / Crónica
Jornalística. Século XIX, [1998, 2017 / 2004], 2022. 1086 p.
Em papel e pdf.
A edição de 1998 está disponível em papel.
Esta
edição, revista e aumentada, de Mágico Folhetim. Literatura e Jornalismo em
Portugal (tese de doutoramento, policópia, 1996; em livro, 1998)
acompanha-se da 3.ª edição, retocada, de Crónica Jornalística. Século XIX
(Círculo de Leitores, 2004), a modos de ilustração do folhetim-crónica,
e, no seu género, antologia pioneira. Aquele transpôs fronteiras e foi
reconhecido, sobretudo, no Brasil.
Muitos
títulos aqui verbetados foram desenvolvidos em dissertações e teses, hoje, de
fácil acesso, e que só raramente acrescento. O mesmo para a história da
Imprensa periódica em localidades, distritos, regiões, com enorme
desenvolvimento nas duas últimas décadas. Se foquei o segmento cultural, de
alcance plurissignificante, e mais atento, ainda, ao período de 1626 a 1875,
com breve extensão a 1900 e títulos maiores em Novecentos, há núcleos
decisivos, como, para a historiografia, o de 1807-1821, antecâmara ao
antologiado em A Corte Luso-Brasileira no Jornalismo Português (1807-1821)
(2008). Fica índice de Mágico Folhetim…:
PRIMEIRA
PARTE
LITERATURA
vs. JORNALISMO?
1.
Ligações perigosas
1. 1. O
moderno ponto de vista
2. No
antigamente, nas origens
3. Uma
velha polémica
4. Cartas
vieirinas à luz do Mercúrio Português
5. Duas
gazetas
5. 1.
Gazeta de Lisboa (1715)
5. 2.
Gazeta Literária (1761-1762)
SEGUNDA
PARTE
IMPRENSA
LITERÁRIA DO SÉCULO XIX
1.
Movimento jornalístico
1. 1.
1807-1821
2. Da
revista
3.
Literatura geral
4.
Construção da matriz
5.
Revistas: 1833-1875
5. 1.
Instrução e recreio
5. 2.
Em francês e castelhano
5. 3.
Restrição do literário
5. 3.
1. Autores como cabeçalho
5. 3.
2. Publicações teatrais
5. 3.
3. Boletins bibliográficos
5. 3.
4. Paródicos
5. 3.
5. Fascículos e colecções de poesias inéditas
5. 3.
6. Romance em cadernos
5. 3.
7. Principais títulos literários
6. Duas
revistas em confronto: O Panorama e Revista Universal
Lisbonense
7.
Jornalismo feminino
8.
Imprensa académica e estudantil
9.
Outras revistas: 1876-1899
10.
Portugal-Brasil na Imprensa portuguesa de Oitocentos
11.
Literatura nas folhas periódicas
11. 1.
Jornais a consultar
11. 2.
Folhas na literatura
TERCEIRA
PARTE
MÁGICO
FOLHETIM
Resumo
Introdução
Razões
Proposição
I
1. A fortuna
de um universo (1968-1993)
1.1. Na
Imprensa escrita
1. 1.
1. Em Portugal
1. 1.
2. Em Espanha
1. 1.
3. Em França
2. O
vaivém Imprensa-livro em Novecentos
2. 1.
Depoimentos
2. 1.
1. Na literatura portuguesa
2. 1.
2. Na literatura estrangeira
3.
Letras em papel de jornal
4.
Nostalgia
II
1. A
instauração folhetinesca
1. 1.
Entrada de dicionário
1. 2.
Origens e afirmação do género
1. 2.
1. Enquadramento
2.
Paris, Julho de 1836
2. 1.
Antecedentes
3.
Estratégias
3. 1.
Género dramático?
4.
Intrusão
5.
Necessidade
5. 1.
Imagem social
6.
Prazos
7.
Honorários
8.
Processos
8. 1. À
linha
8. 2.
Sumário e resumo
8. 2.
1. Abertura
8. 2.
2. Final
8. 2.
3. Diálogo
8. 3.
Episódio
8. 4.
Estrutura
9.
Influência da escola francesa
10.
Primeiros passos em Portugal
10. 1.
Reflexões metafolhetinescas
10. 1.
1. A falta de assunto
10. 1.
2. Interpelações
10. 1.
3. Protagonismos
11.
Sucedâneos
12.
Portugueses no estrangeiro
13.
Peso e estatuto do folhetinista
13. 1.
Oficiais do mesmo ofício
13. 2.
A inscrição do receptor
13. 3.
Edição e leitura
III
1.
Discurso
1. 1.
As imposições de um género in fieri
2.
Autor: Álvaro do Carvalhal
2. 1. Os
Canibais
2. 1.
1. História
2. 1.
2. Discurso
3. “A
Estátua Viva”
3. 1.
Variantes
4.
Aproximação aos traços folhetinescos mais relevantes
5.
Expansão melo-operática e cinematográfica
6.
Modalidades
7.
Proposta de tipologia
A.
FOLHETIM-CRÓNICA
1. Viagens
na Minha Terra
2. A
dupla sucessão de Júlio César Machado
2. 1. A
vida em linguagem
2. 1.
1. Língua solta
2. 1.
2. Alma presa
B.
FOLHETIM ROMANESCO
1. A.
P. Lopes de Mendonça: a tragédia de um reinado
1. 1. Memórias
de Um Doido
2. O
primeiro Camilo
C.
FOLHETIM-POEMA
D.
FOLHETIM-CARTA
E.
FOLHETIM TEATRAL
F.
FOLHETIM ECLÉCTICO
IV
1. O
peso do folhetim em Novecentos
1.1 Na
Imprensa
1. 2 Na
literatura
1. 2.
1. Ao serviço da República: Aquilino Ribeiro
1. 2.
2. Uma atmosfera revolucionária: O Pão não Cai do Céu
1. 2.
3. Natureza e cultura em Augusto Abelaira
1. 2.
4. E Se Tivesse a Bondade de Me Dizer Porquê?
1. 2.
5. Marginalidade e loucura: A Fenda Erótica
2.
Descendências
3.
Continua
4. E.
. . Quem É o Autor Desse Crime?
5. Fim
7. Da Corte Luso-Brasileira à República.
Em pdf.
Reunião
de quatro artigos e quatro livros, três dos quais disponíveis em papel: A
Corte Luso-Brasileira no Jornalismo Português (1807-1821) (2008); O Século de Lopes de Mendonça: O Primeiro Jornal
Socialista (2008); 5 de Outubro – Uma Reconstituição (2010); O
Jornalista Republicano Alves Correia. Antologia (2012; indisponível).
8. Verso e Prosa de Novecentos, 2000, 2018.
Edição revista e aumentada, em pdf.
9. Literatura Europeia e das Américas, 2019. 264 p.
Em papel e pdf.
I
Princípios Teóricos
Literatura
como revelação
Imaginação
e Literatura
II Do
Romance
Lukács
e Sartre: uma teoria do romance
III
Castelos Interiores
Silling:
introdução
Três
diabos no paraíso
O
Marquês de Q
IV
Vocações
Herança
Artistas
Efeito
Escher
Os Nossos
Antepassados
A firma Tabucchi
V Processos
Minimalismo
Paradiso
Surpresa,
interminável
O «Falador»
VI
Jorge Luis Borges
Iniciação
a Borges
VII
Brasílica
Na
Aurora da Literatura Brasileira
O poeta
Machado de Assis lido em Portugal
Metapoética
drummondiana
Sagração
Sobre
José Clemente Pozenato
Pela
mão de Zélia
Jorge
Amado: vida e obra
Nótula
sobre Guilhermino César em Portugal
VIII A
nova Europa literária
10. Hungarica, 2022. 520 p.
Em pdf.
Antologia
da Poesia Húngara e O Oitavo
Distrito de Deus têm edição autónoma, disponível em papel.
Hungria
disfórica, Portugal solidário
Petőfi,
Antero e outros
Discreto
56
Notas
sobre Literatura Húngara
Örkény
István, Contos de Um Minuto
Pál
Dániel Levente, O Oitavo Distrito de Deus
Antologia
da Poesia Húngara