Um grupo editorial convida 13 jornalistas e cinco professores universitários para o lançamento das obras de 12 autores durante um cruzeiro. Há apontamentos cruéis, sem perda de um gozo visceral, na novela que dá título ao volume, construída em clave detectivesca, e denunciando vaidades, jogo baixo e despeitos no envenenado meio das letras, da Comunicação Social e da Universidade.
A novela de abertura, “A morte do autor”, concentra ironia e pequenez, um ‘bonitinho’ inútil de certo ensino, até ao rocambolesco mediático. O tricô ensaístico vale bem o frenesi noticioso: ninguém se salva.
Entre as duas novelas, vêm quatro contos de assunto literário e cinéfilo, dois dos quais homenageiam Junqueiro-Ramalho-Eça e Luís de Camões.
É uma edição Letras Lavadas (Ponta Delgada, 169 páginas, 14 euros), em colecção sob a responsabilidade de Vamberto Freitas.
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